Publicações

Erros comuns na contratação de Seguros de Vida

Erros comuns na contratação de Seguros de Vida

Artigo

O seguro de vida é muitas vezes vendido como uma solução simples e essencial para proteger a família em caso de imprevisto. Contudo, por detrás de brochuras coloridas e promessas de “proteção total”, escondem-se frequentemente detalhes contratuais que, mais tarde, podem fazer toda a diferença entre uma indemnização justa e uma recusa inesperada.

Na Rito Advogados, temos acompanhado inúmeros casos em que o problema não esteve na falta de seguro — mas sim na forma como ele foi contratado.

A seguir, destacamos os erros mais comuns na contratação de seguros de vida e como os evitar.

1. Confiar apenas no preço e nas promessas comerciais

Muitos consumidores escolhem o seguro de vida mais barato, atraídos por campanhas publicitárias com mensagens de “proteção total” e “preços acessíveis”.

No entanto, um seguro barato pode significar coberturas limitadas, exclusões importantes ou franquias que inviabilizam o pagamento em caso de sinistro.

Atenção: Antes de contratar, é essencial ler as condições gerais e especiais e compreender o que está — e o que não está — coberto.

2. Acreditar que o prémio do seguro se mantém sempre igual

Um dos erros mais frequentes é pensar que o valor do prémio mensal será fixo ao longo do contrato.

Na verdade, a maioria dos seguros de vida com cobertura de morte ou invalidez tem prémios variáveis, que aumentam com a idade do segurado.

Atenção: É importante confirmar se o prémio é “nivelado” (fixo) ou “natural” (aumenta com a idade). Muitos contratos tornam-se progressivamente caros após os 50 anos, o que pode levar ao seu cancelamento por falta de pagamento.

3. Não comparar, mudar ou transferir o seguro de vida

É comum manter o mesmo seguro durante anos sem reavaliar se continua a ser o mais vantajoso.

Com o passar do tempo, surgem novos produtos, novas coberturas e melhores condições, e o mercado torna-se mais competitivo.

Atenção: Deve avaliar periodicamente o seu seguro pode resultar em poupanças significativas ou em melhores proteções, especialmente se contratou o seguro junto do banco no momento da compra da casa (os chamados seguros associados ao crédito habitação).

4. Não declarar corretamente o estado de saúde

Outro erro grave é omitir doenças, tratamentos ou hábitos relevantes (como fumar ou ter hipertensão) no questionário inicial.

Muitas seguradoras recusam o pagamento da indemnização se entenderem que houve omissão dolosa ou negligente de informação médica.

Atenção: Mesmo pequenas omissões podem comprometer o direito à indemnização. A regra é simples: transparência total no momento da adesão.

5. Não perceber a diferença entre invalidez total e invalidez absoluta

Nem todos os seguros cobrem a mesma coisa, alguns só pagam em caso de invalidez absoluta e definitiva (quando o segurado fica totalmente dependente de terceiros), enquanto outros abrangem a invalidez total e permanente (que impede de trabalhar).

Atenção: Esta diferença é fundamental, muitos segurados acreditam estar protegidos em caso de incapacidade para exercer a profissão, mas descobrem tarde demais que o seguro não cobre essa situação.

6. Acreditar que o seguro do banco é obrigatório

Ao contratar um crédito habitação, os bancos exigem um seguro de vida, mas não podem obrigar o cliente a contratar o seguro com a mesma instituição.

Atenção: O consumidor é livre de escolher outra seguradora, desde que o beneficiário (normalmente o banco) mantenha a sua posição salvaguardada.

Mudar o seguro pode gerar poupanças anuais consideráveis e melhores coberturas.

7. Não guardar cópia integral do contrato

Muitos segurados apenas recebem o certificado e o valor do prémio, sem o contrato de seguro, as condições gerais, especiais e particulares.

Atenção: Sem esses documentos, é impossível saber com exatidão quais as exclusões, limitações e prazos.

Exigir a documentação completa no momento da adesão é essencial para se proteger no futuro.

8. Não rever o seguro em caso de mudança de vida

Casamento, filhos, nova profissão ou problemas de saúde são motivos que devem levar à revisão do seguro de vida.

Atenção: Um contrato adequado há 10 anos pode hoje estar completamente desajustado à realidade familiar e profissional.

Conclusão

O seguro de vida pode ser uma ferramenta poderosa de proteção, mas apenas quando é escolhido e gerido com conhecimento.

Antes de contratar — ou mesmo de renovar —, analise o contrato com atenção e, se tiver dúvidas, procure aconselhamento jurídico independente.

Na Rito Advogados, acompanhamos regularmente casos de recusa indevida de seguros de vida, e sabemos o quanto uma decisão informada pode evitar litígios e frustrações futuras.

 

Erros comuns na contratação de Seguros de Vida
Atenção, o seu browser está desactualizado.
Para ter uma boa experiência de navegação recomendamos que utilize uma versão actualizada do Chrome, Firefox, Safari, Opera ou Internet Explorer.